Não se sinta culpada

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Escrevo esse texto enquanto levo uma colherada generosa de doce de leite a boca e não, não me sinto culpada por isso. Que atire a primeira panela de brigadeiro qual mulher não se sentiu culpada por se deliciar com alguma comida e logo após ficar com neurose de que aquilo vai engordar, se sente mal e já perdeu as contas de quantas vezes se olhou no espelho e se recriminou por aquela estria ou pelos famosos pneuzinhos. 

Já fui essa pessoa, já fui na praia e insistia em me esconder na canga para ninguém olhar e apontar para a minha barriga, para o meu corpo que não era de praia. Mal sabia eu, que ali ninguém estava se importando, e que para estar na praia, bastava ter um corpo e no qual, eu tinha. 

Lembro de uma cena clássica de um filme que eu amo o ''Comer, Rezar e Amar'' em que a protagonista interpretada pela Julia Roberts, depois de passar uma temporada na Itália, vai a uma loja e prova uma calça jeans que acaba não servindo nela, por uns segundos a personagem se frustra pela calça não fechada, mas, ai ela reflete que não há culpa, que ela pode se dar o prazer de comer sem pensar na calça que apertará.  

Para ela, tudo bem o número da calça aumentar, o prazer de comer as massas da Itália  superava o número maior no manequim. Isso era liberdade. 

Não estou dizendo que você deve comer tudo que tiver pela frente. Estou falando de equilíbrio, de que nós, mulheres sejamos, mais flexíveis em relação a isso, que exista menos culpa e mais prazer no que se come e que tudo bem se tiver com o número a mais na balança. Menos piração, e mais amor por favor. 



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