Crônica: A tal da coragem.

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Dia desses, sexta-feira á noite, precisei pegar um táxi depois de ter feito compras no supermercado. Sim, bem-vinda(o) ao mundo dos adultos, sinto informar, não é tão legal assim.
Carlos, era o nome do taxista que me levava, Carlos ficou assustado ao me ver carregar dois carros pesados desproporcionais ao meu corpo de 1,55 de altura.

- Cadê a sua mãe?

Achando que eu deveria estar acompanhada de adultos, dei uma risada e informei que ali, só tinha eu mesma. 
Entrei no carro e seguimos o caminho conversando, ele falou que era casado e tinha uma filha da minha idade, falou da vontade que ele tinha de cursar Direito, no qual, era o curso que eu fazia, segundo ele, aos 49 anos, já estava velho demais para isso e eu o encorajei  e disse que idade não importa, ele apenas deveria começar.

Expliquei que eu precisava fazer feira e cuidar da casa desde que minha mãe ficou doente, mas, que isso não era um fardo para mim e sim uma experiencia que poderia me fazer evoluir como ser humano. Matraquei, matraquei... Ate que ele me interrompeu.

- Não sei se já te falaram isso, mas, você é muito corajosa. Minha filha tem a sua idade mas não tem a maturidade que você tem.

Dei um pulo com o comentário, logo eu que sempre fui movida pela insegurança, coragem não era algo que eu achava que praticava. Ele continuou...

- Estou nisso [de táxi] há alguns anos, pego pessoas diferentes o tempo todo e não conheci alguém com essa luz. 

Nesse momento, quase perdi as estribeiras, logo naquele dia que aquilo que a gente chama de ego, auto-estima ou como queiram falar estavam em uma péssima colocação. Ouvir o que um taxista desconhecido falou, me fez refletir e conclui que sim, tenho a tal coragem.

Tenho coragem ao decidir trancar um curso, uma zona de conforto, por algo novo e imprevisível, mas, que a felicidade vai ser meu combustível. Tenho coragem ao viajar sozinha e não achar menor problema nisso, afinal, devemos aprender a ser a melhor companhia para si mesmo. Tenho coragem quando não decido, seguir as regras da sociedade e chamo aquele cara que eu tava afim para sair. Desculpa, mas, não esperei nem 9 meses para nascer (risos) não irei esperar por isso.

Acima de tudo, tenho coragem mesmo quando o medo anda lado a lado e eu decido seguir em frente, apostando todas as fichas. Sempre.

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